quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010


Excelente texto da minha Pra Cléo Kosuki

A GUERRA NÃO ESTÁ PERDIDA

Espere Israel no SENHOR, porque no SENHOR há misericórdia, e nele há abundante redenção (Salmo 130.7).

Aprender a esperar no Senhor é um dos grandes segredos dos vencedores. Mesmo quando falha, o homem não pode deixar o inimigo envergonhá-lo nem tomar a decisão de que, por ter caído em tentação, é incapaz de servir a Deus, pois agir assim é acreditar no adversário. Não devíamos falhar, é claro, mas, se isso ocorrer, devemos esperar no Senhor, pois Ele tem um plano a nosso respeito, e não será uma queda que nos tirará de Suas mãos. Temos de aguardar em Deus, porque Ele é misericordioso e capaz de realizar a nossa redenção.

Quando um filho de Deus vacila e se deixa levar pela tentação, tendo consumado ou não o pecado, sente-se um miserável. Nessa hora, ele não deve tomar nenhuma atitude, a não ser a de confessar seu erro e pedir tanto o perdão ao Senhor quanto a restituição da sua alegria. É nesse momento que Satanás surge e tenta convencê-lo de que errou porque não serve para seguir o Senhor e não há mais jeito para ele.

Então, se você não quer se perder e deseja alcançar o perdão e a restituição da sua posição em Cristo, o melhor é esperar nEle.
É triste ver falhar uma pessoa que se comprometeu em seguir o Todo-Poderoso.

Quando isso acontece, Ele Se entristece, pois, momentaneamente, o Seu plano para aquela vida se frustrou. Mas isso não quer dizer que tenhamos chegado ao fim da estrada e não há mais nada a ser feito. Quem deseja vencer não pode deixar o inimigo envergonhá-lo, mas deve fazer uso da promessa bíblica: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 João 1.9).

Agora, ficar amuado, achando que é um fracasso e, por isso, não pode servir ao Senhor é acreditar no maligno. Deus, como Pai, sabe melhor do que nós que os filhos, quando aprendem a andar, muitas vezes, caem e até se machucam. Mas, se lhe forem dadas palavras de incentivo, eles tentarão de novo e conseguirão manter-se em pé, para, em breve, mais firmes, passarem a andar normalmente.

Bom seria que jamais falhássemos, mas, se isso ocorrer, o certo será esperar no Altíssimo. O plano dEle para a nossa vida não termina em uma queda que, porventura, possamos ter sofrido (veja o caso de Jonas); pois, na verdade, ninguém pode arrebatar-nos das mãos do Senhor (Romanos 8.35-39).

O Senhor, além de misericordioso, possui abundante redenção para não deixar com que nos percamos nos enganos de Satanás. Mesmo que tenhamos perdido uma batalha, isso não significa que perdemos a guerra (Provérbios 24.16).

Em Cristo,

Pra. Cléo Kosugui..

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

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Fé e dinheiro


Quando vejo os caminhos pelos quais está a Igreja tem seguindo, penso no meu papel como cristão e no que a igreja futura terá para oferecer para os meus filhos.
Se a igreja evangélica não repensar no seu papel dentro do contexto social e politico, de que adianta tanto barulho.

Tento aceitar....mas não consigo.
O evangelho que conheço é imutavál e transparente.
Não é negociavel e não aceita especulações

Não consigo mudar e seguir os extremistas do meio gospel.
Não consigo trocar as minhas contribuições por indulgências mal elaboradas.

Se antes viviamos em um modelo de ditadura pastoral, hoje vivemos um evangelho de utopia e alienação, onde os interesses da classe "dominante", chamada de "ungidos", excede todo os interesses da grande massa.

É muito ungido..tem ungido cantor, ungido pastor, ungido evangelista, ungido bispo, ungido apostolo, ungido profeta...Estão numa "esfera superior", são intocáveis.
Muitos com contas bancárias ungidas.
O que me preocupa é que a maioria dos nossos irmãos fica com medo de falar contra os ungidos e fazem tudo o que pedem.

O maior desejo do meu coração seria uma grande reforma na igreja pentecostal e que o Sr. nos livrasse dessa corja de vagabundos que se aproveitam da fé alheia.

Mas tudo é cumprimento da palavra que diz que apareceriam falsos mestres e doutores, estamos vivendo o fim...


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


Hoje recebi uma noticia que me deixou muito triste:

O pastor Benny Hinn, ícone da teologia da prosperidade nos Estados Unidos, autor do best seller evangélico "Bom dia, Espírito Santo" e pastor do Centro Evangelístico em Orlando, Flórida, está passando por um péssimo momento. Suzanne Hinn, esposa do telepastor, entrou com pedido de divórcio na Suprema Corte da Cidade de Orange no dia 1 de fevereiro, alegando "diferenças irreconciliáveis".

Fonte: www.ogalileo.com

Concordo que hajam exageros doutrinários por parte do Pr. Benny Hinn, mas fico extremamente magoado por ver mais dos grandes nomes da fé cristã ser alvo de escândalos na área financeira e conjugal.

Pastores como o Pr. Benny Hinn, apesar de estarem cercados por milhares de pessoas, tem uma vida solitária e sem amigos...Conheço muitos assim...

Que Deus dê forças ao Pr. Benny Hinn...


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


TUDO OU NADA - ATITUDE RADICAL

Excelente texto da minha querida Pra Cléo de São José do Rio Preto.
Deus a tem a usado de maneira sobrenatural...Vale a pena ler!!!


Estive meditando na passagem do paralítico de Mc 2 e pensando...

Quantos pessoas deixam de exercer a profissão de seus sonhos por não ter coragem de arriscar...
Pensei no sofrimento que sentem as pessoas que disperdiçam a vida apenas porque não tomaram uma decisão e uma atitude capazes de transormá-la.
Pensei em quantas pessoas se arrependeram por nunca ter dito "eu te amo" enquanto tiveram oportunidade...
Pensei em quantas pessoas liquidaram a possibilidade de ser felizes porque não romperam com uma situação insuportável.

Nesse dispertar, compreendemos que chegou o tempo de agir.
Se a vida não está levando você para um caminho de plenitude, é preciso estar disposto a analisar, decidir e agir!

Se você esta se sentindo frustrado, tenha a certeza de que, esta na hora de partir para o tudo ou nada.

O momento do tudo ou nada é como um grito de liberdade diante de um silêncio insuportável.
Um ponto final em situações que se arrastam há anos sem solução.
È o rompimento definitivo de uma forma padronizada de lidar com a vida.

Tudo ou nada é demolir um muro que o impossibilita de seguir adiante.
É uma maneira de recuperar a dignidade abalada.
É uma ruptura com a maneira de administrar a vida...
É quebrar as grades da gaiola que o impedem de voar...
Será que seu momento tudo ou nada é agora?

Tudo ou nada é uma decisão que você toma em um momento de despertar da conciência.
É preciso ter decisões consistentes, que resultem em atitudes e resultados.

Lembre-se, há dois tipos de atitude: as atitudes tudo ou nada e as atitudes mais ou menos. Uma atitude mais ou menos sempre nos leva a um resultado mais ou medíocre.

Uma atitude tudo ou nada é mergulhar em um novo amor como se sua respiração dependesse da respiração de seu companheiro.
É abraçar um novo emprego como se essa fosse a última oportunidade de sua vida.
Afinal, se você romper as grades da gaiola, mas não bater as asas pra valer, jamais poderá voar de verdade!

Reconheço que não é fácil lançar-se no desconhecido. O medo do novo pode nos tornar inseguros.
Avançar quando o horizonte está claro é tarefa fácil. Avançar quando o horizonte está escuro é tarfe para quem qprendeu a viver.
Existem situações na vida que exigem que a gente assuma uma postura radical e parta para o tudo ou nada. Se não correr-mos riscos não poderemos superar os obstáculos.

Eu vejo quantas pessoas ficam esperando a hora de começar a viver.
Fazem muitas coisas, mas sem intensidade, sem se expor nem se arriscar para valer.
Esperam o momento certo , o lugar certo, a situação ideal, a pessoa ideal, para partir para a ação, para estrear no palco da vida.
A vida esta pulsando a todo instante dentro e fora de nós.
A vida é como um rio. Ela tem o seu próprio fluxo.

As pessoas que mudaram drasticamente sua vida tiveram a coragem de fazer escolhas radicais.
Se você sentir que está precisando partir para o tudo ou nada, arranje coragem e tome sua decisão! Não fique esperando que a vida lhe traga um ataque cardíaco para mudar.
Quantas vezes prolongamos uma situação insuportável apesar de já saber que caminho devemos seguir?

Tomar uma atitude do tudo ou nada é assumir um compromisso com o "nunca mais". As pessoas que transformaram suas vidas tiveram a coragem de gritar um "nunca mais" e dar um basta em situações e fazer verdadeiras revoluções em seu caminho.

Não devemos correr riscos o tempo todo, mas devemos agir diante uma situação insatisfatória.
"A vida não tem replay... pode ter recomeço, mas não tem replay!"

Sem medo de ir adiante...
Escolhas da vida...

pense nisso!!! Que Deus o abençoe em sua jornada. Abraço....Pra. Cléo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


Adoração na igreja evangélica contemporânea
Osmar Ludovico da Silva

Há dois tipos de música, a boa e a ruim — seja ela erudita, MPB, sertaneja, reggae, rap, rock ou gospel. O que me surpreende é a capacidade de o mercado absorver a música ruim. Com a proliferação de compositores, intérpretes, bandas e gravadoras, o cenário evangélico não poderia ser diferente. Tem música boa, mas também tem muita música ruim.

Passamos séculos louvando a Deus com hinos históricos da Reforma. Bastava um hinário, e tínhamos músicas com letras densas, boa teologia e linha melódica harmoniosa.

Nos últimos anos surgiu o que chamamos de louvorzão. Jogamos fora os hinários, a liturgia, aposentamos o piano e o coral e introduzimos a guitarra, a bateria, o data-show, as coreografias e a aeróbica. Surgiu também a figura do dirigente de louvor, responsável por animar a congregação. Daí para a frente há muito barulho, muitas palmas, muitas mãos levantadas, muitos abraços, muitas caretas e cenho franzido. Mas a pergunta que fica é: temos adoração?

O lado positivo do louvorzão é o interesse e a integração na igreja de milhares de jovens. Trata-se de uma oportunidade única para ensinar estes jovens, através do exemplo e da Palavra, o caminho do discipulado de Cristo. Mas fica a pergunta: estarão estes jovens crescendo na santidade e no serviço?

Alguns cultos se tornaram verdadeiras produções dignas da Broadway. Músicos profissionais, cenários, bailarinos e iluminação. Mas fica uma pergunta: toda esta parafernália cênica tem levado o povo de Deus a uma genuína adoração?

A história da Igreja é rica em manifestações artísticas. Ao longo do tempo o louvor foi expresso através de várias expressões musicais. O canto gregoriano, o barroco, os hinos da Reforma, o negro espiritual e os cânticos contemporâneos deixaram sua contribuição à boa música ao longo destes últimos séculos.

Trata-se, portanto, de um equívoco jogar fora toda a herança histórica e achar que esta geração descobriu a forma certa de louvar. Se olharmos do ponto de vista musical veremos que a história nos legou uma herança preciosa. Na cultura gospel do louvorzão tem muita música ruim, muita letra questionável e muito dirigente de louvor que mais parece um animador de auditório.

A igreja pode ser a ponte entre as gerações, entre o antigo e o novo e integrar na adoração tudo o que há de bom na sua herança histórica. Tem muita gente cansada do louvorzão barulhento de letras rasas, de bandas que tocam no último volume, de coreografias esvoaçantes e de ordens do dirigente para abraçar o irmão da frente, de trás e do lado dizendo que o amamos. É constrangedor abraçar alguém e dizer que o amamos quando nem sequer o conhecemos.

A igreja perde quando a ênfase do louvor se desloca da congregação para o palco. Com raras exceções a música é ruim, a letra não tem nada a ver com a realidade do cotidiano ou a teologia reformada e a performance no palco é apelativa.

A igreja perde quando se torna parecida com um programa de auditório e já não cultiva a boa música com cordas, sopros, bons arranjos, corais, quartetos. E perde muito mais quando a adoração se torna um evento estimulado sensorialmente e não uma melodia que emerge de um coração quebrantado e temente a Deus. Adoração é sempre uma resposta humilde, alegre, reverente àquilo que Deus é e faz. Adoramos porque algo aconteceu, algo nos foi revelado, e não o contrário, como pensam alguns, que recebemos a revelação e as coisas acontecem porque adoramos.

A igreja perde quando não há reverência ou temor. O que resta é euforia, excitação e sensações prazerosas. O que é bom em si mesmo, mas não é necessariamente adoração.

É um equívoco pensar que Deus se impressiona com nossos cultos de domingo. Antes, ele acolhe muito mais nossos gestos simples do cotidiano, fruto de um coração humilde e quebrantado, que busca se desprender de ambições e serve ao próximo com alegria. Adoração não é um evento domingueiro bem produzido, mas um estilo de vida que glorifica ao Senhor.

Durante séculos a arquitetura das igrejas e das catedrais destinou o balcão posterior ao coro, ao órgão e à orquestra. Na igreja da Reforma os músicos e o coro se posicionavam na parte da frente da nave, mas sempre ao lado. Mesmo o púlpito não estava no centro, mas ao lado. No centro havia, quando muito, alguns símbolos da fé, que ajudam a despertar a consciência para a experiência do sagrado, com destaque para a mesa do Senhor. A congregação ficava em face ao altar de Deus, sem que nada se interpusesse entre a Santa Presença e a congregação. Este lugar só pode ser ocupado por Jesus Cristo. Ele é o único mediador, ele é o único que pode dirigir o louvor.

Hoje o que se vê é o apóstolo, o bispo, o pastor, o dirigente de louvor e a banda ocupando este lugar, nos levando de volta à Antiga Aliança, quando sacerdotes e levitas eram mediadores entre Deus e os homens. A conseqüência é uma geração de crentes que dependem de homens, coreografias e data-shows para adorar e para ouvir a voz de Deus.

O verdadeiro pastoreio consiste em ajudar homens e mulheres a dependerem do Espírito Santo para seguirem a Cristo, que os leva ao seio do Pai. Ajudar homens e mulheres a crescerem e amadurecerem na fé, na esperança e no amor, integrando adoração, oração e leitura das Escrituras no seu cotidiano.

A contextualização se tornou uma armadilha na qual a igreja caiu. Na tentativa de se identificar com o mundo ela ficou cada vez mais parecida com ele. A cultura gospel é autocentrada, materialista, acha-se dona da verdade, tornou-se uma religião que nos faz prosperar, que não nos pede para renunciar a nada e que resolve todos os nossos problemas. Há um abismo colossal entre a cultura gospel e o evangelho de Jesus Cristo, que nos chama a amar sacrificalmente o nosso próximo, a cultivar um estilo de vida simples, a integrar o sofrimento na experiência existencial e a ter a humildade de ser um eterno aprendiz.

Estas reflexões já estavam fervilhando no meu coração há algum tempo. Pensei que estas coisas só aconteciam em certas igrejas, mas o que me motivou mesmo a colocá-las no papel foi ter participado de um culto numa Igreja Batista da Convenção.


• Osmar Ludovico da Silva é pastor da Igreja Evangélica Comunidade de Cristo em Cabedelo, PB. Ministra cursos de espiritualidade cristã, formação de líderes e restauração para missionários.