sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Minha vida, meu barco


Há dias me sinto como os discipulos em meio a tempestade.
As lutas estão severas. Não vejo solução e esqueço que Jesus está no barco. Está apenas dormindo.
Esqueço que Ele é o dono de todas as situações e que o mar e o vento que estão me assolando respeitam a sua vontade...
Homem de pouca fé que sou, não reconheço que a minha vida está nas suas mãos...
Quando menos espero Ele ordena o mar e o vento se acalmam...
Tudo se acalma...
Senhor me ajuda a acreditar no seu poder.
Seja Senhor na minha vida
Guia o meu barco em meio a tormenta.
Contigo sei que chegarei...
Replico esse comentário que achei muito conveniênte para a atual situação da igreja brasileira...


Marketing satânico com roupa de anjinho

Por Márcio de Souza


O que tem de proposta satânica por aí disfarçada de anjo de luz não ta no gibi. O humanismo tomou conta de nossos templos e agora o que se vê por aí é o culto ao homem e suas vontades. Faça o que quiseres pois é tudo da lei, já dizia Aleister Crowley. Hoje os aproveitadores dizem: “Faça o que quiseres contando que você oferte”.

Crucificar Jesus novamente é um ato satânico. No entanto, quando aderimos a teologia da prosperidade e seus rituais, estamos fazendo exatamente isso. Quando compramos o cajadinho milagroso, o óleo com os elementos da trindade e etc... estamos dizendo claramente e com todas as letras que o sacrifício de Jesus foi ineficaz, foi inútil, porque temos que completar tal obra comprando essas indulgências. Isso é satânico...

Mais satânico que isso é fazer o que algumas denominações fazem melhor que o diabo: roubar a individualidade do outro. Os caras estão por aí produzindo clones dos líderes dessas igrejas. O camarada perde a personalidade, é lavado de cima em baixo. Fala igual ao líder, pensa igual ao líder, rouba igual ao líder e assim por diante.

Precisamos ficar atentos com as artimanhas do diabo, batalha espiritual é mais sinistro do que batalhas de capa/espada que pregam por aí. Evolução do raciocínio e inteligência espiritual são o caminho. Discernimento é nossa arma. Fiquem bem!

E no mais... tudo na mais santa paz!



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Postou Márcio de Souza, no Púlpito Cristão

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ao Deus da minha vida
Ricardo Gondim

Acolheste-me em tua hospedaria. Porque fui alvo de tua deferência, cuidam do meu corpo moído. Ressoam as canduras que me segredaste enquanto caminhamos. Não preciso mortificar a minha mente exausta. Não tenho que quitar dívida. Cego para a minha vilania, és magnânimo. Delicado com o meu passado, mostras o tamanho de tua discrição.

Sem relutar, achega-te. Mesmo com muitas alternativas, decides ajudar-me a florescer. Não medes esforços para te revelares. Nunca te esquivas de meu olhar suplicante. Continuas a falar-me através dos violinos, das flautas, dos realejos. Percebo a tua simpatia no sorriso das crianças. Moras no absoluto silêncio, mas nunca me deixas sem intuir a tua presença.

Sinto o teu fôlego na brisa. Noto o teu luto no sol que se desmancha em trevas todas as tardes. Percebo tua companhia em meus desassossegos insones. Escutei-te na derradeira e trágica hora em que me despedi de minha mãe. Não, não reclamo que te mantenhas abscondito.

Porque és manso e humilde, encontro descanso para a minha alma. Caminhas comigo uma segunda milha. Perco a conta dos teus perdões. Aceitas meu perfume sobre a tua cabeça. Sem rotas, te elejo o caminho. Sem certezas, faço de nosso relacionamento a verdade. Sem neurose ou fantasia, considero-te o meu modelo de vida.

Transformas meu resguardo em audácia; meu arrojo, em cautela; meu atrevimento, em circunspeção; minha timidez, em fibra. Animaste o meu cotidiano. Estimulas o meu enfado. Pacificas a minha afoiteza. Eu, fujão, aprendo resiliência contigo. Trêmulo, encaro os dias maus porque me vestes com a tua armadura. Apesar de petrificado com temores infantis, tua compaixão me constrange a continuar.

Em ti cabem todos os elogios: esplêndido, nobre, sublime, majestático. Abano palmas, grito aleluias, quero que o mundo saiba que és notável. Auréolas, halos, fumos, vivas, tornam o entorno de teu trono o espaço mais sagrado do universo. Tu não constas em hierarquias; não cabes em definições; transbordas os limites.

Meu ser se agita e minha língua trepida, só de pensar que sou alvo de teu interesse. Despertas o meu fervor. Aqueces a minha pele. Condimentas a minha alegria.

Plácido, lembro que és amor. Seguro, busco refazer-me. Já não temo rancores teus. Mesmo inadequado, recebi o anel da tua fidalguia. Ilustro o meu brasão com a tua boa vontade. Todas as medalhas que carrego no peito provam a tua concórdia.

Tabernaculaste em mim. Meu coração é a tua tenda, meus pés, as tuas passadas e as minhas mãos, o teu toque. Resta-me sussurrar: Muito obrigado!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Não sou mais evangélico

Por Ubirajara Quintino

Calma! Antes de fazer juízo precipitado de minha declaração, leia com atenção a argumentação que faço, para justificar tal afirmação.

Sou de uma geração em que nomes e marcas fizeram história. Quando garoto eu gostava de acompanhar minha mãe à “venda ou armazém” para fazer as compras do mês. Lembro-me muito bem que alguns produtos eram conhecidos pelas marcas, nomes fantasias, e não pelo produto em si. Exemplos: Quando se falava em leite condensado, pensava-se imediatamente no nome “Leite Moça”; quando se falava em água sanitária, pensava-se imediatamente em “Cândida”; quando se pensava em amido de milho, pensava-se imediatamente em “Maizena”; quando se falava em curativos práticos, pensava-se imediatamente em “Band-Aid”; quando se falava em refrigerante, pensava-se imediatamente em “Coca-Cola”. Embora esta seja uma visão tipicamente paulistana, da capital e arredores, mas com uma penetração em quase todo o território brasileiro.

Pode parecer algo sem sentido o que exponho, mas uso como exemplo estes produtos, porque os mesmo ficaram conhecidos não pelo seu conteúdo, mas pelos seus nomes. Ao simples pronunciar o nome de algum destes produtos, associava-se com qualidade e garantia de eficácia. Não restava nenhuma dúvida, se era “a tal marca”, podia-se comprar com total segurança, que a satisfação estava garantida.

Muitos destes produtos ao longo dos anos foram copiados e colocados à venda no mercado, alardeando-se que teriam a mesma qualidade dos produtos já famosos. Isto com o passar dos anos foi sendo questionado por muitos e muitas marcas genéricas sumiram do mercado, pois não tinham a qualidade dos produtos de “Marca.” Associo esta argumentação à nomenclatura que ao longo dos anos, acompanhou o povo de Deus.

Na minha infância, quando os meus pais tornaram-se servos de Deus, era comum os mesmos serem chamados de “Crentes”. O simples fato de alguém mencionar a palavra “crente”, isto era imediatamente associado a alguma pessoa que pertencia a uma denominação cristã. “Protestantes, Quebra-Santos, Crentes, Bíblias, Adeptos do livro da capa preta, eram nomes dados aos servos de Deus. Com o tempo esta nomenclatura, “Crente”, começou a ser questionada em face de alguns escândalos de comportamento, patrocinados por alguns membros das várias igrejas cristãs existentes na época. Muitos pastores começaram a dizer que crente até o diabo era, cria, mas não obedecia. Convencionou-se chamá-los de “evangélicos”. O termo evangélico demorou a ser aceito por todos, mas afinal pegou esta nova maneira de identificação dos membros de alguma denominação evangélica.

Para muitos, nos dias atuais, evangélico é todo aquele que não lê na cartilha da Igreja Católica Romana, mas que usa a Bíblia. Neste caldeirão entram seitas heréticas, denominações históricas, pentecostais, neo-pentecostais, livre pensadores, teólogos liberais e muitos outros! Chega-se mesmo ao absurdo, ser considerado “STATUS”, o fato de alguém ser “evangélico”. A mídia ajudou muito na propagação deste conceito, quando noticiava a conversão de artistas, atletas e gente de expressão do meio social, agora convertidos em “evangélicos”. Convertidos ao meio evangélico, mas não convertidos ao Senhor dos evangélicos! Ser evangélico virou charme, sinal de protesto e contradição, alternativa a uma sociedade corrompida nos seus valores. Mas no que se tornaram os assim chamados “Evangélicos”? Em primeiro lugar tornaram-se protagonistas de escândalos financeiros (Lavagem de dinheiro em paraísos fiscais, quantias não declaradas em alfândega, uso do dinheiro doado por fiéis em beneficio próprio e etc.), protagonistas de contradições teológicas, (Neo-pentecostalismo, com o seu liberalismo teológico e interpretações absurdas da Bíblia) protagonistas de escândalos morais, (Pedofilia, adultérios, e etc.), protagonistas de escândalos políticos (Máfia das Sanguessugas), protagonistas de um sincretismo religioso condenável (Pr. André Valadão, cantando em conjunto com o Rosa de Sarom, conjunto declaradamente católico, uso de símbolos satânicos por parte dos jovens, na Marcha para Jesus deste ano, fato que foi motivo de chacota por parte do CQC, usos de objetos como toalhas, lenços, água, óleo, fitas, balas, lâmpadas e outros como ponto de contato com a divindade e etc.) protagonistas do abuso da mídia como meio para extorquir dinheiro dos fiéis, mediante profecias e promessas, (Os incautos e despreparados evangélicos de hoje são presas fáceis destes vendilhões da fé, por não base sólidas na palavra de Deus) e muitos outros fatos que poderiam aqui ser alistados como escândalos.

A marca “Evangélico”, antes respeitada, deteriorou-se por completo, hoje não correspondendo mais ao conteúdo do rótulo: È uma farsa! Seria a mesma coisa, que a fabricante do “Leite Moça”, envasar um outro produto de péssima qualidade na sua embalagem tradicional, fraudando os consumidores, que julgariam estar comprando a marca famosa. O mundo está comprando a marca “Evangélico”, sem saber que o conteúdo é produto de péssima qualidade.

Não quero mais ser chamado de evangélico! Não quero ser confundido com aqueles que tornaram o nome um símbolo de descrédito. Daqui para frente, me identificarei como PROTESTANTE REFORMADO, pois não faço parte deste “Saco de gatos” em que se transformou o meio evangélico. Não sou melhor do que ninguém, mas também não posso me amoldar à fôrma, que o meio evangélico está querendo impor aos evangélicos de uma forma em geral e muitos estão aceitando passivamente. Não!”Não sou mais evangélico! Sou protestante reformado com muito orgulho!


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Pr. Ubirajara Quintino é pastor titular da Igreja Evangélica Presbiteriana Ebenézer, na cidade Americana – SP